sexta-feira, 6 de julho de 2007

sexta-feira, 10 de junho de 2005

Passei a maior parte da minha vida sob repressão, mas nunca me entreguei. E ainda resisto, mesmo se tiver que fazer isso sozinho.
Pramoedya Ananta Toer, 72 anos, escritor indonésio, preso por se opor ao ex-ditador Suharto no golpe de 1966.

"Sexo, casamento e economia", é o nome da pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que saiu ontem... tá no Globo de hoje...

47,39 % das mulheres no Rio de Janeiro, estão sozinhas. Em Copacabana (Zona Sul do Rio) as mulheres estão mais sozinhas do que em Nova Iguaçú (Baixada Fluminense). Quando ouvi a notícia no rádio de manhã eu pensei: Ah isso eu já sabia!! Eu fui criada em São Gonçalo, uma cidade mais perto do Rio que Nova Iguaçú, mas tão atrasada culturalmente quanto, e sei que é assim... daí eu ter usado a frase do título, sempre fui independente e desencanada, livre de hipocrisia, resisti, mas vivia atormentada por esses preconceitos...

A ignorância torna as pessoas manipuláveis, a falta de cultura impõe convenções sociais e religiosas, que dizem que uma mulher precisa de homem, daí ela pensa que não pode viver sozinha, acha que precisa de um provedor.

Quando a mulher se sustenta, tem acesso a informação e não está massacrada por conceitos sociais e religiosos, ela prefere ficar sozinha do que aturar um cara que está ligado em conceitos do começo do século...

Ensinam que, a relação homem/mulher, que deveria ser de prazer, deve ser de dependência. Qualquer relação que denota dependência não é boa, onde tem um dependente, tem quem provém, que detém o poder, e o poder corrompe qualquer ser humano... a mulher que pensa e não se submete, fica sozinha...

Um dia eu achei que era minha culpa, que eu sou chata, que sou exigente (pergunta feita por quase todos os homens quando sabem que uma mulher está solteira), e tentei me submeter a um casamento nesse estilo, mas eu já era profissional, incluí ser mãe, esposa e dona de casa... não rolou, eu queria igualdade, meu marido não... e eu fiquei sozinha...

Não há interesse em mudar muitos conceitos, por puro conforto... o homem sustenta fácil uma mulher que limpa, arruma, lava, passa e cozinha. Ninguém gosta de mudanças... se pudesse teria alguém prá fazer e me dar tudo na mão... mas é difícil um homem entender que uma mulher pode sim, não gostar de serviços domésticos... a mulher que não gosta e assume, fica sozinha...

Semana passada eu discuti com meu patrão e ele me disse que eu estava sendo muito agressiva, e eu disse que ele não estava respeitando meus direitos... aí como ele ficou sem argumentos disse que eu estava assim porque estou precisando de um namorado... e eu lhe respondi com calma: não preciso de namorado prá me controlar, preciso é que o senhor respeite meu horário de almoço, aí eu não serei agressiva quando o senhor for na copa me incomodar...

Olha que foda!! Mulher que tem opinião, que quer respeito e defende seus direitos é porque não tem um homem que a controle... mas ele tem 65 anos, dá prá relevar, mas, infelizmente ainda há homens da minha idade e até mais novos pensando assim, as mulheres evoluíram, os homens nem tanto...

Além disso nas relações, os homens do Rio, ao menos os que passaram por minha vida, ou eram muito carinhosos e não gostavam de trepar, ou trepavam que era uma delícia, mas não eram carinhosos... mas a maioria queria uma mulher burra prá compensar sua falta de auto-estima, ou uma mãe prá lhes garantir segurança material... é... vou continuar engrossando a lista...

Mas a pesquisa não diz se essas mulheres que são sozinhas tem um amiguinho para manutenção, como eu tenho Lobo Mau... provavelmente têm... estamos bem resolvidas, sabemos o que queremos de um homem/parceiro, não quero iniciar aqui uma guerra dos sexos xixi coco, então, como o assunto é sério, mas eu não, termino deixando uma piadinha...

Enquanto os homens dizem: Mulher é que nem pipoca: enche o saco, mas a gente não pára de comer! E as mulheres dão o troco: Homem é que nem vassoura: sem o pau não serve para nada!!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

terça-feira, 14 de junho de 2005

Eternal sunshine of the spotless mind!
Eloisa to Abelard, by Alexander Pope

Acho que já falei sobre isso... falei sim, quando eu assisti "O brilho eterno de uma mente sem lembranças", no post de 17/10/2004, só que eu fiz um post pincelado, mais falando do filme mesmo, e escondendo os sentimentos verdadeiros sob a fachada de durona raivosa que sempre tentei manter, mas sei lá, acho que tá na hora disso terminar...

Um adendo: quando fui procurar o post, vi que já usei quatro vezes essa frase... porra vai gostar dela assim na casa do caralho!! Eu tenho que me resolver mesmo com relação a isso, fala sério...

Tudo bem, vamos lá... acho que vai ser a segunda ou terceira vez na vida que eu sou tão sincera, que eu me abro tanto emocionalmente sem medo de ser julgada ou rejeitada... é minha gente, eu tenho medo de falar de meus sentimentos e espantar o freguês...

Há mais de um ano eu terminei o namoro com Marcelo. E eu fiquei com tanta vontade de sentir ódio dele, mais que isso, vontade de ficar indiferente... ah por quê? Ah, porque não deu certo, porque nós insistimos na relação e eu sofri prá caralho, e sei que ele sofreu também, mas eu tinha que ficar com raiva, afinal não rolou do jeito que eu queria... onde já se viu uma Cinderela sem príncipe encantado e final feliz??

Tudo que eu fiz questão de lembrar sobre nós foi a parte ruim, com o objetivo de conseguir terminar e me poupar de mais sofrimento... como fiz com o pai do Gabriel. Até tentei fazer o mesmo com Lobo Mau, mas como não fui eu que terminei a relação, não fazia sentido né?? Acho que é por isso que eu continuo saindo com ele...

Enfim, nosso namoro terminou e eu, como sou exagerada demais, grossa demais e metida a radical demais, quis cortá-lo de vez da minha vida e pedi, com a sutileza de um elefante, prá ele se afastar... e ele respeitou.

Depois de um tempinho eu voltei a ler o blog dele, e eu não entendia porque eu não conseguia deixar de ler, afinal eu tinha ou não tinha cortado ele da minha vida?? Continuo lendo até hoje, depois passei a ver o fotolog (foi estranho ver a foto dele na primeira vez), depois de ver o fotolog da namorada dele... desde a doença do Chico ele vem deixando comentários aqui, então eu soube que ele ainda lia meu blog...

Como nós moramos em bairros distantes, fora de mão, que raramente o outro freqüenta (estive nesse bairro ano passado e vou de novo esse ano, na igreja da minha amiga), achei que nunca mais fosse vê-lo... mas semana passada eu o vi aqui no Centro, na hora do almoço... eu nem ia falar sobre isso, a sensação que tive foi estranhona, mas ele resolveu postar sobre isso, e ele falou de mim de um jeito carinhoso, legal, e sei lá, me fez parar prá pensar...

Quem criou animosidade fui eu, quem cultivou raiva fui eu que, em vez de lembrar os momentos gostosos que tivemos, preferi lembrar só do que foi ruim... e por mais que eu lutasse, eu nunca esqueci nosso primeiro beijo, como ele é carinhoso, gentil, educado, como tivemos momentos legais no shopping, no cinema, na estação do metrô, na cama...

Tudo bem não deu certo. Paciência. Acho que, como li num email hoje e guardadas as devidas proporções é claro, nosso afeto será eternizado pelas afinidades intelectuais e psicológicas como foi, por exemplo, o de Sartre e Simone de Beauvoir (chique prá caralho né??). O que eu vejo é que hoje ele tem uma relação que parece legal com a namorada, e foi em parte, graças a relação que ele teve comigo... e isso fez eu me sentir feliz...

Quero guardar as coisas boas do nosso relacionamento, que foram muitas, como houve também no meu casamento, e de todas as relações que me transformaram na mulher que eu sou hoje, eu me olhando pelo lado bom, porque o meu lado ruim é feio demais e eu já tô xixi coco de tanto olhar prá ele!!

E se eu ainda não tive uma relação legal ainda, é porque eu não aprendi a usar outra lista, que foi provavelmente a que Marcelo usou, aquela onde está relacionado tudo de gostoso que rolou nas relações que a gente tem, prá buscar o que eu gosto em outra pessoa, em vez de ficar lembrando do que foi ruim, procurar isso nos outros, prá depois poder me defender e dizer: "tá vendo, eu sabia que ia ser assim, eu não nasci mesmo ser feliz no amor".

Vou rever isso, crescer e trazer para a superfície o porque de eu não querer, e achar que mereço um amor gostosinho e legal, sincero e verdadeiro. Primeiro acho que devo anistiar e me anistiar pelos erros cometidos nos relacionamentos anteriores e manter dentro de mim o que foi bom, todo o aprendizado que fez de mim a mulher que eu sou hoje... agora eu sei porque continuo lendo o blog de Marcelo... não sou inimiga dele, esses sentimentos não fazem parte de mim, eu só achava que prá me defender eu tinha que manter minha fama de mau [sic]...

Referências bibliográficas, "emailísticas", "faxísticas" e televisivas para esse post...

"Jesus, o maior psicólogo que já existiu" - Mark W. Baker (livro que estou atualmente lendo)
"Amores perfeitos" - José Ângelo Gaiarsa (capítulo gentilmente enviado por fax pela amiga
"O amor nos tempos do sexo" - Heloneida Studart (recebido hoje por email)
Joan of Arcadia (de novo!!), episódio exibido ontem na Sony. (seriado que eu persigo toda segunda-feira)


No Borralho: Cinderel@ 18:05:12
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terça-feira, 2 de julho de 2002

Ihhhhh será que eu tô???

No Borralho: Cinderel@ | 18:35:00
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quarta-feira, 4 de abril de 2007

É o fim!!

A partir desta data esse blog será usado para linkar referências sobre posts antigos dos blogs Prefiro ser Cinderela do que ser Amélia e Olhos de Jade.

Quem quiser manter contato, envie um email para cinderela.rj@gmail.com
Obrigada.